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O etilismo: um dos 7 pecados contra a boa saúde (não é nada engraçado).

O álcool é outro grande vilão da vida saudável. Mas nem sempre ele é visto como um problema. Na verdade, na maioria das vezes o álcool é sinônimo de alegria, de festa, de socialização com os amigos e confraternizações diversas. Assim, por ser aceito socialmente, o ato de consumir bebida alcoólica está disseminado amplamente na população.

Quando o álcool entrou na humanidade?

O ser humano tem consumido bebidas alcoólicas há muitos e muitos anos. Acredita-se que a bebida alcoólica teve origem no período Neolítico quando houve a aparição da agricultura e a invenção da cerâmica. Provavelmente tudo começou por acaso, a partir de um processo de fermentação natural; quando alguém esqueceu restos de grãos molhados em um pote de cerâmica há uns 10.000 anos. Este indivíduo resolveu beber o líquido fermentado no fundo do pote e provavelmente gostou da sensação que causou. Nasceu aí o hábito de consumir as bebidas alcoólicas.

Humanos passaram a consumir e a atribuir diferentes significados ao uso do álcool. Os celtas, gregos, romanos, egípcios (aos quais se atribuem a primeira cervejaria do mundo) e babilônios registraram o consumo e a produção de bebidas alcoólicas. As bebidas ganharam um aspecto religioso (os gregos e romanos tinham deuses do vinho) que se perpetua até hoje. Afinal de contas Jesus Cristo não transformou água em leite não é; ele a transformou em vinho! Entretanto, mesmo na antiguidade o hábito etílico também foi registrado como um problema de comportamento. Buda desaconselhava o uso de álcool para seus seguidores pois dizia atrapalhar a clareza da mente e Aristóteles (em A Problemata) criticava o uso da bebida por mulheres grávidas.

 

Existem pessoas que sabem beber? Que quantidade elas consomem?

Sim, existem pessoas que consomem a bebida de maneira comedida e isso não representa riscos para a saúde. Apesar de algumas divergências na literatura, a maioria dos estudiosos entendem que existe uma quantidade segura de consumo, que é diferente para homens e mulheres.Por exemplo, se um homem beber o equivalente a duas taças de vinho, ou dois copos de chope, ou uma dose de destilado em num fim de semana isso não vai ser um problema (exceto se for dirigir é claro). Em se tratando de mulheres, as doses deverão ser um pouco menores, já que elas são mais sensíveis devido a diferenças metabólicas.

Então quando isso passa a ser um problema?

Quando se perde o controle da quantidade consumida!

Muitos elementos caracterizam esta perda de controle do consumo, o que costuma aparecer como uma crescente paixão pela bebida. Exemplificando elementos que apontam para a gradação desta perda de controle sobre o consumo de bebida:

a) o consumo de grande quantidade de álcool durante um curto período de tempo (aquela pessoa que enfia o pé na jaca ocasionalmente).

b) dificuldade em consumir poucas quantidades (aquela pessoa que promete beber 2 latinhas e toma 5 litros de cerveja).

c) quando a aquisição e consumo de álcool ocupam uma parte significativa do tempo da pessoa (o álcool é intensamente desejado, por vezes a pessoa passa a semana inteira planejando os momentos de ficar totalmente dedicada ao etilismo).

d) quando o consumo causa o incumprimento de responsabilidades e obrigações (a pessoa acha mais importante se dedicar ao etilismo do que cumprir outros compromissos, então chegar atrasado no trabalho segunda-feira devido ao etilismo do domingo se trona frequente).

 

A partir deste ponto a situação começa a ficar muito grave, e as consequências já se tornaram inegáveis. Não é mais engraçado, não é mais uma questão de socialização e deve ser abordado com muita seriedade. A gradação do comportamento etílico progride e o consumo causa problemas de saúde importantes. O consumo sem freios está na origem de comportamentos de risco graves (como dirigir embriagado, por exemplo). Se ocorrem sintomas de abstinência ao se interrompe o consumo, ou se já desenvolveu tolerância ao álcool (a quantidade usual já se mostra insuficiente e é necessário usar cada vez maiores quantidades para obter o mesmo efeito) a dependência de álcool se torna inquestionável.

A Organização Mundial de Saúde estimou que em 2010 existiam 208 milhões de pessoas com alcoolismo em todo mundo, o que corresponde a 4,1% da população com mais de 15 anos de idade.

E quais os malefícios do álcool?

O consumo do álcool está ligado a diversas doenças bem como a vários problemas sociais ou até mesmo judiciais:

1. Acidentes de carro. O álcool altera a percepção da realidade e impede que o usuário tenha reflexos rápidos e coordenação; habilidades essenciais para quem dirige. Dessa forma, acidentes de carro são muitas vezes inevitáveis quando a pessoa está embriagada. Se beber, não dirija!!!! Estra afirmação também não é novidade para ninguém!!!

2. Agressão física. O álcool faz com que muitas pessoas percam a inibição e tornem-se corajosas e valentes. Estatísticas apontam que em cerca de 15 a 66% das agressões físicas graves e homicídios estavam associados a ingesta de bebida alcoólica.

3. Cirrose hepática. O fígado metaboliza o álcool e quando exposto a doses altas, sofre danos em seus tecidos, aumentando a taxa de aparição de cirrose. A cirrose pode ser uma condição fatal para o portador.

4. Gastrite e problemas gastrintestinais. O álcool irrita as mucosas do trato gastrintestinal e está associado a várias doenças deste aparelho, como gastrite, úlceras, varizes esofágicas e câncer de lábios, boca, faringe, laringe, esôfago e fígado.

5. Diabetes tipo 2. Também conhecida como diabetes mellitus tipo 2, a doença pode ser desencadeada pelo abuso de álcool. O álcool impede os efeitos benéficos da insulina e evita que o açúcar entre dentro da célula. Além disso, ele faz com que os níveis de gordura no sangue aumentem, assim como o apetite.

6. Doenças vasculares. Com o aumento de triglicérides (gordura) no sangue, aumenta-se também o risco de doenças vasculares, como acidente vascular cerebral, infarto de pequenos vasos, infarto do miocárdio e varizes.

7. Problemas durante a gestação. O uso de álcool durante a gravidez traz diversas consequências para o bebê, como risco de aborto, aumento das chances de nascimento prematuro e malformação fetal.

8. Síndrome de Wernicke-Korsakov. Essa síndrome é causada pela deficiência de vitamina B1. O uso excessivo de álcool causa problemas na absorção dessa vitamina e sua carência está associada a amnésia e desorientação têmporo-espacial.

9. Pancreatite. Essa inflamação no pâncreas pode ser letal e é causada pelo abuso de álcool. A ingestão de bebidas alcoólicas por tempo prolongado causa lesões no tecido do pâncreas que é substituído por tecido fibroso, atrofiando o órgão. Sem células adequadas, diversas funções metabólicas do pâncreas ficam pre

judicas, podendo inclusive causar diabetes.

 
 

Como se livrar da dependência de bebida alcoólica?

Mudar hábitos não é fácil, mas quando há uma dependência química em jogo, as coisas são muito mais complexas. Se você não consegue se livrar do álcool, procure ajuda. O tratamento envolve acompanhamento por profissionais de saúde. Um programa de desintoxicação em um hospital ou clínica médica também pode ser uma opção para aqueles que necessitam de mais assistência. Há medicamentos que podem reduzir a vontade de beber mas acredite, só o remédio não basta! O indivíduo vai precisar mudar o estilo de vida, buscando contextos sociais nos quais a bebida não faça parte e deverá buscar fontes de apoio que o ajudem a não beber. Um bom profissional poderá te guiar nessa missão.

 

Por onde começar?

O primeiro passo é entender que você não precisa do álcool para viver, o álcool não é oxigênio. É preciso compreender que você poderá sentir prazer em uma festa sem ter de beber, poderá sair no fim de semana sem precisar da bebida. É possível se divertir sem beber! Uma fonte muito importante de ajuda no combate ao alcoolismo são os grupos de apoio. Alcoólicos Anônimos é uma irmandade que congrega portadores usuários e abusadores de bebida alcoólica. A proposta do grupo é oferecer apoio, é oferecer um espaço para o indivíduo se expressar, e para ajudá-lo a parar de beber. Para ser admitido no AA, não precisa de dinheiro. Não se cobra nada, não existem taxas nem mensalidades. A única exigência é reconhecer o problema, pois daí nasce a vontade de abandonar a bebida. Ninguém declara endereço ou profissão, classe social ou poder econômico, ideologia política ou crença religiosa. Os membros do AA são protegidos pelo mais absoluto anonimato pois entendem que preservar a identidade das pessoas é parte fundamental do tratamento.

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